terça-feira, 31 de maio de 2011

Passatempo Batalha - Perguntas & Respostas


No dia 17 de Junho, Batalha (Saída de Emergência), o meu novo romance, chega às livrarias.

Para assinalar a ocasião, lembrei-me de convidar os meus leitores para uma iniciativa de Perguntas & Respostas. As perguntas podem ser sobre o que quiserem: sobre Batalha ou sobre o meu trabalho, em geral.

Até ao próximo dia 8 de Junho, enviem as vossas perguntas para o email cadernosdedaath (at) gmail.com.
Irei responder às perguntas mais interessantes num vídeo que disponibilizarei no dia 17 de Junho.

Entre os autores das perguntas seleccionadas para o vídeo, irei sortear um participante para receber um exemplar autografado de Batalha. Por isso, sejam criativos.

sábado, 28 de maio de 2011

"Batalha": opinião de António de Macedo


Opinião do cineasta e escritor António de Macedo:

«Uma fábula não só de alegorias, mas sobretudo de humanização, sensibilidade e inteligência; tem cenas muito comoventes a par de outras muito duras, tudo doseado com a arte de quem conhece os segredos da matéria alquímica que é a linguagem falada. Todo o romance é um espectáculo envolvente e remata com chave de ouro com um final devastador, um final maravilhoso no melhor sentido da palavra.»

Batalha (Saída de Emergência) chega às livrarias no dia 17 de Junho.

"Batalha" nas livrarias a 17 de Junho


Batalha, o meu novo romance (Saída de Emergência), chega às livrarias no próximo dia 17 de Junho.

«O velho mestre acreditava em valores como o trabalho, como o sacrifício, mas eles não. O velho mestre achava que todas as obras precisavam de ser perfeitas e que se devia almejar a excelência em tudo o que se fazia, por mais humilde que a obra fosse, mas eles não. Eles odiavam o velho arquitecto, porque não eram, nem nunca seriam capazes de ser como ele. Invejavam a sua mais radiante obra-mestra, porque nunca seriam capazes de criar algo tão admirável. Eram homens inferiores — gente cuja imaginação ao serviço do efémero e do superficial não valia um escarro. E como não eram capazes de imaginar, de criar, de construir, viravam-se para o escárnio, para o aviltamento, para a destruição — talvez até acreditando, por força do hábito ou por pura inclinação para o mal, que eram coisas boas. Alimentavam-se uns aos outros, protegiam-se uns aos outros, sempre promovendo uma igualdade infame entre eles: infame e félea, porque não era motivada pela justiça, mas pelo medo absoluto de se descobrir que não se era bom o suficiente.
Se dependesse desses homens, não existiriam flores no mundo, pensou Batalha. Apenas ervas-daninhas

quarta-feira, 25 de maio de 2011

"histórias da História – Verdades e Ficções"


No próximo dia 4 de Junho, às 17H30, no evento Festa do Conto, na Lourinhã, participarei numa tertúlia literária intitulada histórias da História – Verdades e Ficções, juntamente com a historiadora Irene Flunser Pimentel (A História da PIDE, Os Judeus em Portugal durante a Segunda Guerra Mundial, A Cada Um o Seu Lugar: A Política Feminina do Estado Novo) e com moderação de João Morales (director da revista literária Os Meus Livros).
Será, pois, uma conversa apurada sobre História e Ficção.

O programa completo da Festa do Conto (a decorrer no Pavilhão do Hóquei Clube da Lourinhã, de 28 de Maio a 4 de Junho) pode ser consultado nesta ligação.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Tertúlia Literária do Clube ANA

No passado dia 29 de Abril, fui o convidado especial da Tertúlia Literária do Clube ANA (do aeroporto de Lisboa): encontro informal de autores com os leitores, que já contou com as presenças de Lídia Jorge e Rui Zink. O final desse dia esteve tempestuoso - logo adequadíssimo a uma conversa de três horas sobre o meu romance O Evangelho do Enforcado (Saída de Emergência, 2010).
Obrigado à Isabel Pina e restante organização pelo convite e pelo registo em vídeo de parte da tertúlia.



Thumbs up? Or down?...

Nunca tinha visto nenhum episódio da série Spartacus, mas pareceu-me uma espécie de epígono entre Rome e o filme 300... Gostei do arrojo das cenas que vi, mas o CGI omnipresente dá um aspecto muitíssimo artificial, o que é uma pena. De qualquer das maneiras, a série investe nos mesmos erros de outras produções de época...
Por exemplo: mas será que ainda ninguém aprendeu que NUNCA se usou o polegar para cima para indicar que um gladiador deveria viver? Usava-se o polegar para baixo, para indicar que a arma usada pelo vencedor deveria cair na arena. Para ordenar que o vencido morresse, usava-se o polegar virado para o peito. Na verdade, o gesto do polegar para cima era um insulto. Ainda hoje, em certas regiões mediterrâneas, o gesto é considerado extremamente ofensivo.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Regresso à Última Grande Sala


O weblog Smobile publicou um post sobre o meu álbum de banda desenhada A Última Grande Sala de Cinema (Círculo de Abuso, 2003).

É sempre um prazer quando vejo um leitor a descobrir as minhas obras mais antigas, nas quais os álbuns de BD se incluem, e em especial quando essas descobertas se revestem de uma inesperada sincronicidade: é que no meu post anterior deixei uma ligação para a petição pública contra a hipotética extinção do Ministério da Cultura... Ora, A Última Grande Sala de Cinema foi um álbum que ganhou uma bolsa de criação literária, atribuída pelo Instituto Português do Livro e das Bibliotecas e pelo Ministério da Cultura.

A Última Grande Sala de Cinema recebeu as melhores críticas por parte da imprensa especializada em banda desenhada (e não só: foi elogiada na versão portuguesa da revista Premiere, por exemplo). Gosto de pensar que, em conjunto com os álbuns de BD de outros autores que também foram contemplados com bolsas da mesma ordem, é um bom exemplo de como a cultura "alternativa" também é enriquecida com a existência de órgãos como o Ministério da Cultura e dos apoios à criação que surgem por sua iniciativa.


Petição Pública


segunda-feira, 9 de maio de 2011

A primeira opinião de leitor sobre "Batalha"



"O Pequeno Deus Cego": antevisão

A antevisão das quatro primeiras pranchas de O Pequeno Deus Cego (Kingpin Books): o meu novo álbum de banda desenhada, que será editado ainda este ano.
Com argumento e layouts meus, desenhos e cor do artista Pedro Serpa e balonagem e edição de Mário Freitas, consiste numa história alegórica passada no período da China feudal, sobre uma personagem que pode muito bem ser um pequeno deus sobre a terra. É, em simultâneo, uma história poética e violenta, desenhada com sensibilidade e apuro.





domingo, 8 de maio de 2011

Pré-Apresentação de "Batalha" na 81ª Feira do Livro de Lisboa


A pré-apresentação de Batalha (Saída de Emergência) ontem na 81ª Feira do Livro foi um verdadeiro sucesso! Eu e o artista Daniel Silvestre da Silva agradecemos às dezenas de leitores que apareceram e desejamos que gostem do romance e das ilustrações.



Fotos de Gisela Monteiro.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

"Batalha" e "O Pequeno Deus Cego"


Amanhã é o dia em que apresento o romance Batalha (Saída de Emergência) e faço a antevisão do álbum de banda desenhada O Pequeno Deus Cego (Kingpin Books).



Batalha será apresentado às 17H00, na 81ª Feira do Livro de Lisboa, no stand da Saída de Emergência. Comigo, estará o artista Daniel Silvestre da Silva, que desenhou as ilustrações do romance. Batalha é um romance assumidamente hermético que reflecte sobre o fenómeno religioso a partir do ponto de vista dos animais. É o meu livro preferido e é uma felicidade enorme apresentá-lo.

O Pequeno Deus Cego, desenhado e colorido por Pedro Serpa, é uma história alegórica, passada no período feudal da China, sobre uma misteriosa personagem que pode muito bem ser um pequeno deus sobre a terra. Simbólica, é uma banda desenhada que será publicada ainda este ano pela Kingpin Books e cuja antevisão de amanhã, às 14H00, ocorrerá no âmbito do festival Anicomics, criado e organizado por Mário Freitas, também editor da Kingpin Books.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

"Batalha": ilustração


«Tranquilos, como inflorescências imperturbáveis do corpo nocturno, pares de borboletas bailavam naquele palco semimorto, vestidas com mais nada a não ser luar e pó estelar.
Pintados de púrpura, amarelo e azul, os insectos iridisciam o lado contrário do espectro, como um arco-íris virado do avesso.»

Uma belíssima ilustração que o artista Daniel Silvestre da Silva desenhou para o meu novo romance Batalha (Saída de Emergência). Consiste num romance sobre o fenómeno religioso, observado pelo ponto de vista dos animais. É, também, um romance hermético e alegórico.

A pré-apresentação de Batalha será no próximo dia 7 de Maio, às 17H00, na 81ª Feira do Livro de Lisboa, no stand da Saída de Emergência. Com a minha presença e a do ilustrador.

terça-feira, 3 de maio de 2011

"Batalha": excerto

«O velho mestre acreditava em valores como o trabalho, como o sacrifício, mas eles não. O velho mestre achava que todas as obras precisavam de ser perfeitas e que se devia almejar a excelência em tudo o que se fazia, por mais humilde que a obra fosse, mas eles não. Eles odiavam o velho arquitecto, porque não eram, nem nunca seriam capazes de ser como ele. Invejavam a sua mais radiante obra-mestra, porque nunca seriam capazes de criar algo tão admirável. Eram homens inferiores — gente cuja imaginação ao serviço do efémero e do superficial não valia um escarro. E como não eram capazes de imaginar, de criar, de construir, viravam-se para o escárnio, para o aviltamento, para a destruição — talvez até acreditando, por força do hábito ou por pura inclinação para o mal, que eram coisas boas. Alimentavam-se uns aos outros, protegiam-se uns aos outros, sempre promovendo uma igualdade infame entre eles: infame e félea, porque não era motivada pela justiça, mas pelo medo absoluto de se descobrir que não se era bom o suficiente.
Se dependesse desses homens, não existiriam flores no mundo, pensou Batalha. Apenas ervas-daninhas
A pré-apresentação de Batalha, o meu novo romance, será no próximo dia 7 de Maio, às 17H00, na 81ª Feira do Livro de Lisboa, no stand da Saída de Emergência. Com a minha presença e a do ilustrador Daniel Silvestre da Silva.

Imagem: São Onofre, Giovanni Battista Caracciolo (1625).

segunda-feira, 2 de maio de 2011

"Batalha": uma ilustração


«Foi num dia nem muito curto nem muito comprido que Brancaflor e Calcaterra descobriram uma coisa estranha num sítio familiar.»

Esta é uma das belíssimas ilustrações que Daniel Silvestre da Silva desenhou para o meu novo romance Batalha (Saída de Emergência). Descubram-nas no próximo dia 7, às 17H00, na 81ª Feira do Livro de Lisboa: pré-apresentação de Batalha, comigo e com o ilustrador, no stand da Saída de Emergência.